Natureza, farmácia de Deus

ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL TRIBUNA DE MACAU, a 11 de outubro de 2012


Este é um tema curioso, que já todos devem ter recebido através de uma mensagem electrónica  daquelas que deram a volta ao mundo e nos chega pela mão de um amigo cibernauta que nos quer o bem. Hoje em dia é habitual ter destas surpresas diariamente na caixa do correio: algumas verdadeiros tesouros de sabedoria, outras verdadeiras perdas de tempo. O segredo é conhecer bem os interesses e as motivações dos amigos e saber quais vale a penar abrir ou enviar directamente para o lote de eliminados.
Pois este, foi um dos que coloquei de imediato na caixa «A guardar». É um pequeno texto acompanhado de imagens sugestivas e esclarecedoras, que associa e estabelece uma correlação entre a forma dos alimentos e a sua ação nutritiva.
Por exemplo, o interior do tomate assemelha-se às quatro cavidades do coração, e é bom para a saúde do mesmo – dizem médicos e nutricionistas; o abacate com a sua forma similar ao sistema reprodutor feminino tem sido associado ao bom equilíbrio e regulação hormonal feminina; os figos, tal como uma bolsa de espermatozóides  diz-se que promovem a fertilidade masculina; e os rins? Conseguem encontrar na natureza algo mais semelhante do que os feijões?
Esta pequena teoria, que pode até nem passar de uma brincadeira para alguns, é corroborada por alguns estudos. Por exemplo, há evidências de que as nozes, que nos lembram um cérebro em miniatura, podem reverter com facilidade sinais de envelhecimento cerebral e estimulam as funções cerebrais. E quem nunca ouviu falar que a cenoura faz bem aos olhos? Experimente corta-la e veja a semelhança com um olho à sua frente.
Já na medicina chinesa, dizem que a raiz do gengibre se assemelha a um corpo humano e é considerado um tónico geral, benéfico ao organismo como um todo.
A ideia chave que este quadro nos suscita é de que a natureza é inteligente, muito inteligente mesmo, e desde sempre tem ali estado para nos sustentar e curar quando disso precisamos.
Daqui às terapias naturais é um passo e elas são cada vez mais apetecíveis, havendo até uma tendência renascida para as medicinas tradicionais, a sabedoria curandeira popular, as curas menos invasivas e aquelas que veem o ser como um todo e não apenas o órgão doente ou fragilizado.
Em resumo, parece que quanto mais nos aproximarmos do natural e da nossa essência, mais em sintonia e harmonia nos sentiremos, e por conseguinte mais saudáveis física, mental e espiritualmente.


 (Esta não é bem uma receita, é mais um truque para enriquecer nutricionalmente os nossos pratos de arroz.)


ARROZ DE MISTURA
Misture 3 variedades de arroz nas seguintes proporções:
4 copos de arroz branco
2 copos de arroz integral
1 copo de arroz selvagem
Coloque num frasco hermético. Lave quando precisar e cozinhe como habitualmente.
É excelente e rico, sobretudo nas vertentes preparadas com legumes: cenoura, courgette, cogumelos, etc.

p.s. - no artigo do jornal apresentei outras proporções, mas penso que estas são mais facilmente aceites pelos paladares ainda não habituados ao arroz integral.

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