fim de ciclo
Pois é... já lá vão mais de dois anos que comecei a escrever os meus artigos semanais no Jornal Tribuna de Macau, foram precisamente 100 artigos que os leitores puderam acompanhar às sextas-feiras. Sempre com uma pequena reflexão sobre a temática da alimentação e terminando com uma receita.
FIM DE CICLO
Fim de ciclo.
Eu explico, não tem a ver com o fim do mundo de que toda a gente fala, pois sobre
isso cada um tem a sua visão, mais ou menos apocalíptica. E a minha aproxima-se
mais da conjuntura de que vivemos a fundação de uma nova era, em que o homem
irá encontrar novos valores, retornar ao que é a sua essência e ao ciclo de
harmonia com a natureza que se perdeu neste longo período de desenvolvimento
económico e tecnológico desenfreado. Não que se deixe de evoluir
tecnologicamente. Pelo contrário, nessa evolução o homem irá colocar cada vez
mais a sua inteligência ao serviço do bem-estar dos seus semelhantes e para
benefício do planeta.
Não, o fim
de ciclo a que me referia tem a ver com o fim destas crónicas. Comemorando hoje
uma centena delas, o que me parece demasiadamente alongado no tempo, decidi que
devo eu também abraçar estes sinais de mudança e dar por terminada esta
colaboração que tanto prazer me deu fazer.
Embora nem
sempre tenha sido original e inovadora, e muitas vezes tenha rebuscado
pensamentos e reflexões daqueles que nos andam a alertar para os aspectos aqui
focados, o meu objectivo terá sido conseguido se os leitores começaram a
questionar a alimentação que caracteriza a sociedade actual e que se faz na
maioria dos lares modernos.
Ao longo destes
quase 2 anos trouxe à conversa o poder de alguns alimentos e de algumas
culinárias, evidenciando as suas propriedades nutricionais. Outras vezes confrontei
a alimentação e o consumo de certos alimentos com a origem de algumas das doenças
actuais.
Trouxe ainda
temas relacionados com as crianças, por defeito profissional, maternal, ou
talvez porque serão elas a viver este novo tempo. E o nosso papel passa por
ensiná-las a auto respeitar-se: criando hábitos saudáveis e sabendo manter o
corpo são e harmonioso.
E vieram
também à mesa os temas «faz parte da mudança». Estes arriscaram despertar os
leitores para a necessidade urgente de reforma dos padrões alimentares da
sociedade moderna, como o excesso de produção e de consumo, os desequilíbrios
sociais e económicos que se vivem no planeta ou a preservação dos ciclos da
natureza e dos recursos.
Muito ainda
haveria para dizer, mas a cada um de vós caberá a continuidade destas
reflexões, adaptando, se possível, padrões mais harmoniosos com a natureza e
com o seu próprio corpo.
… Porque o
Homem caminha sempre, e desde sempre, para o limiar da sua evolução. E imaginem
o potencial, pois o que está para vir é sempre melhor do que o que já cessou!
ACEPIPES DE
PEPINO E ATUM
Cortar um pepino
em rodelas uniformes de cerca de ½ cm cada. Dispor as rodelas num prato e
colocar em cima de cada rodela uma colherzinha de pasta de atum. Terminar com
uma rodela de azeitona ou uma alcaparra e palito.
PASTA DE
ATUM: uma lata de atum desfeito, 2 colheres de sopa de maionese, coentros
picados, sumo de limão, sal e pimenta. Mexa bem e reserve no frigorífico até à
hora de servir.