alimentação infantil (uma outra óptica)
Como gosto de questionar as minhas próprias teorias e reflectir sobre as vantagens que outras teorias me podem trazer, resolvi escrever este artigo para a cronica semanal do jornal:
UMA OUTRA
ÓPTICA
Não sei se
vão achar estranha esta perspectiva sobre a alimentação infantil, mas não quis
deixar de partilha-la convosco. Pois, mesmo sendo contrária a algumas das
ideias já aqui defendidas por mim, e uma forma diferente de pensar as questões
nutricionais dos mais pequenos, apresenta um ponto de vista muito interessante.
Trata-se de uma vertente apoiante da ideia de que as crianças pequenas sabem
instintivamente o que devem comer e não devemos obriga-las ou persuadi-las de
forma alguma.
Ora bem,
segundo alguns especialistas, a questão ronda à volta de um princípio muito
simples, mas que, confesso, nunca me tinha passado pela cabeça – as crianças
preferem alimentos mais calóricos, como massas, pizzas, batatas fritas e bolos,
em detrimento de frutas, vegetais e sopas, porque os primeiros lhes fornecem
maior quantidade de calorias, e porque não lhes caberia na barriga tanta
quantidade de alimento para retirar a mesma dose de calorias.
Sendo assim,
parece que estão desculpadas não é?
Claro que a
defesa desta teoria implica uma outra forma de estar: primeiro, muita descontração…
para aceitar que os pirralhos vão passar o dia a comer porcarias. Segundo, uma
total reformulação da despensa e do frigorífico. Ou seja, se aplicarmos a regra
de que as crianças podem comer o que quiserem, quando quiserem, (e se
continuarmos a querer que eles se alimentem com todas as vitaminas, proteínas e
minerais essenciais) … então temos que ter a casa cheia de coisas saudáveis e
retirar do alcance da sua mão e da sua vista o que não presta mesmo.
Interessante…
e se calhar agora nas férias até poderá ajudar a tornar o ambiente mais
relaxado às refeições, sobretudo para aqueles pais que, como eu, estão constantemente
preocupados com o aporte nutricional dos seus pequenos.
Bom, mas se
ainda assim estiver enraizado em vós o desejo de lhes dar sempre mais do que
eles pedem, aqui ficam umas bolachas de macadâmia a que ninguém vai resistir:
ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL TRIBUNA DE MACAU, a 6 de julho de 2012