minchi

O MINCHI CÁ DE CASA
Comece por picar uma porção de carne de vaca de boa qualidade.
Refogue 1 cebola e 4 dentes de alho em azeite. Junte a carne e deixe cozer, tapado e em lume brando.
Tempere de sal, pimenta e 2 colheres de sopa de molho de soja, tape e deixe apurar (é importante não deixar secar, por isso deve ter sempre o tacho tapado, e se for preciso acrescente um pouco de liquido).
Quando estiver pronto junte pequenos cubos de batata frita, envolva e sirva acompanhado de arroz branco.



PUBLICADO EM JORNAL TRIBUNA DE MACAU, a 13 de DEZEMBRO de 2010


COZINHA MAQUISTA
A candidatura da culinária macaense a Património Intangível da UNESCO, fez-me pensar no tema da gastronomia relacionada com a cultura – ou melhor – da culinária como traço cultural de uma região ou comunidade.
É obvio que a gastronomia é um dos pilares culturais de qualquer civilização, em âmbito alargado (ex. gastronomia mediterrânica), e de uma comunidade ou região particular, em âmbito restrito (ex. gastronomia alentejana). Todos nos apercebemos de que a culinária de uma região quando levada para outra região acaba por sofrer influências, e ao mesmo tempo influenciar, tanto os modos de cozinhar como a selecção de ingredientes e os temperos utilizados.
No entanto, quando falamos de cozinha macaense ela é especial, porque se trata de uma forma muito peculiar de fusão, resultando da intervenção da cozinha ocidental na cozinha oriental, ou o inverso, como resultado de uma ligação que começou há cerca de 500 anos atrás.
De facto, agora está na moda esta coisa da fusão e toda a gente acha muito chique. Mas a fusão gastronómica não é mais do que a criatividade e a alquimia de grandes mestres ou de pessoas inspiradas que se dedicam aos sabores e aromas dos alimentos, procurando as melhoras combinações e as melhores alianças entre tachos e panelas, no seu pequeno reino - a cozinha. E sendo assim, saudemos Os e As grandes macaenses que ao longo dos tempos tiveram o dom e a inspiração para criar estes pratos maravilhosos que se encontram na senda de ser resguardados de adulterações para a posteridade.
Confesso que a minha experiência é parca nesta culinária (se souberem de algum curso de culinária macaense p.f. notifiquem-me), por isso fico-me sempre pelo prato mais básico, mas do qual gosto muito (e as crianças adoram), e do qual faço a maior divulgação, sempre que posso, entre amigos e familiares: o famoso minchi.
Como muitos portugueses chegados a Macau (há muito tempo), a minha primeira prova desta iguaria foi na antiga Vencedora. Muito embora também goste de referir dois locais onde podem experimentar o mesmo prato: no Riquexó, sob a mestria de uma Senhora Macaense de letra grande, e na esplanada do Wynn. Muitos outros restaurantes farão jus ao referido pitéu, mas deixo para os leitores a exploração da cidade e da sua diversidade gastronómica.
Bom apetite (e apetecia-me dizer isto em patuá, mas não sei...)!

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